Nem ricos ou afortunados
Conseguem causar-me inveja
Como faz aquele galo
Empoleirado na torre da igreja!
Por uma simples razão
Eu lhe dou tanto valor
Vê a minha bela aldeia
E a paisagem em redor.
Vê as gentes na sua faina
Dia a dia a trabalhar,
Vê os campos florescer
E os animais a pastar.
Diz donde sopra o vento
Com exactidão e certeza
E está boquiaberto, talvez,
Por admirar tanta beleza!
Por isso às vezes invejo
Esse galo de ferro forjado,
Que do seu poleiro vê
A terra onde fui criado.
FMCL (1987)
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
37 - INVEJA
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1 comentário:
Em tempos que já lá vão subi várias vezes à torre da Igreja...De facto temos aí um panorama espetacular sobre a aldeia...Aliás trata-se de um autêntico miradouro...o teu poema é tão puro como o vento que faz girar o galo empoleirado naquela torre e que varre a paisagem que envolve a nossa terra...Ass: Outro forcalhense bucólico
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